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Cotado até o final do ano passado para ser o candidato de Rui Costa (PT) a prefeito de Salvador, Fábio Vilas-Boas continua se equilibrando entre a gestão e a política no comando da Secretaria de Saúde da Bahia, mesmo com o avanço da pandemia de Covid-19 no estado.

Um levantamento feito pelo Política ao Vivo mostra que Vilas-Boas se envolveu em uma polêmica por semana desde a chegada do coronavírus na Bahia, em março.

Um dos principais alvos do secretário de Saúde é Colbert Martins (MDB), prefeito de Feira de Santana. Em junho, Fábio Vilas-Boas alfinetou a gestão de Feira ao dizer que a cidade teve pico de contaminados por Covid-19 após Colbert ter autorizado a reabertura do comércio.

Dias depois, voltou a criticar publicamente o emedebista também com relação à abertura do comércio no município. Antes disso, porém, o secretário polemizou a Micareta de Feira, dizendo que não iria à festa mesmo sem ter um parecer técnico da pasta sobre o evento.



Outro nome na mira de Fábio Vilas-Boas desde o início da pandemia, Hérzem Gusmão (MDB). Em uma das últimas falas do titular da Sesab, Gusmão foi acusado de ter “desconhecimento técnico e despreparo”. Antes , Vilas-Boas ironizou a decisão de Hérzem, em abril, de reabrir o comércio, afirmando que ele estaria “confiante que vai conseguir colocar máscara em 100% da população”.

A lista de desafetos criados por Fábio Vilas-Boas nesta pandemia é muito maior. Ele se envolveu em polêmicas públicas, em pleno avanço da doença, com outros prefeitos, como Fernando Gomes, que o criticou publicamente pela demora do envio de equipamentos a Itabuna;  com o prefeito Marcelo Angenica (PSDB), de Itamaraju; e também com o prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim (PT).

Não são só políticos os alvos do secretário de Saúde: ele também criticou publicamente o reitor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), João Carlos Salles, sendo acusado, na ocasião, de ter sido agressivo ao dizer em uma rede social que a UFBA não só “não ajudava”, como “atrapalhava” no enfrentamento à Covid-19.

Outro alvo foi o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que apontou Ilhéus e Itabuna como cidades com “transmissão descontrolada” do vírus. “Quando ministro, Mandetta não conhecia e não ajudou a Bahia. Agora que está de fora vem dar opinião sobre o que também ainda não conhece”, escreveu Vilas-Boas, à época. Mandetta mostrou que sabia mais do que a própria Sesab, porque as duas cidades viraram foco de transmissão na Bahia.



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