Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

A Polícia Federal (PF) disse ao Ministério da Economia que há uma grave deficiência no controle, fiscalização e combate a crimes envolvendo armas de fogo. A corporação ainda culpou o Exército pela falha, por até hoje não ter dado acesso a três de seus sistemas sobre o tema. A informação foi divulgada pelo jornal Folha de São de Paulo, em reportagem publicada nesta segunda-feira (28).



“Se a PF sequer possui acesso aos sistemas de controle e rastreamento administrados pelo Exército aos quais deveria ter, e diante da possibilidade dos órgãos de segurança não terem condições de monitorar se exportações estão ou não impactando nos índices e apreensões nacionais, não seria adequada e oportuna a extinção do imposto”, declara a PF em documento obtido pela coluna Painel, da Folha.

Ainda de acordo com a PF, o sistema nacional, onde devem ser cadastradas as armas apreendidas, tem um banco com “relevante subnotificação”, porque os estados não “se encarregam de comunicar as apreensões, como determina decreto presidencial”.

A PF é o órgão responsável pelo combate ao tráfico de armas no país. Por isso, a polícia vem se posicionando de maneira contrária à proposta da Defesa de zerar imposto para exportação de arma.

Mesmo sem todos dados, a PF afirma que o imposto de 150% para exportação, criado em 2001, atende à diretrizes internacionais, de redução da oferta nos países da região e combate ao “tráfico de retorno”, quando as armas brasileiras exportadas retornam de maneira ilícita ao país .




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