Foto: Reprodução / Instagram

A major Denice Santiago falou com o Bnews sobre as diferenças de dificuldades entre homens e mulheres e os desafios para que mais mulheres ocupem espaços de poder.



Segue o desabafo da major, que pode ser anunciada em breve pré-candidata do PT à prefeita de Salvador:

“Desde pequenininhas, nós somos educadas e treinadas a não protagonizar nada. Sou a terceira de uma família de cinco e dois deles são homens. Todas as vezes que meu irmão começava a brigar, minha mãe falava ‘minha filha, pare’. Porque eu tinha que recuar. Eu tinha que ser a que cede, a que perdoa. Quando a mulher se candidata, por exemplo, a um cargo de CEO numa empresa ou de diretora de faculdade, vão dizer ‘você vai deixar o seu filho com quem? Vai ficar aqui o dia todo? E quando o seu filho cair doente? Rapaz, você vai perder seu homem!’ É isso que a gente ouve. Se o poder é bom, eu também quero. Não é que nós não queiramos esse poder. É que nós somos de uma forma perversa, socioculturalmente, descredenciadas para esse poder porque ‘nós isso ou aquilo’. A unidade que eu comando foi uma das melhores unidades da Polícia Militar da Bahia. E eu tenho filho, marido, sambo, danço e bebo. Faço tudo isso. E comando a unidade”.



 

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