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Foto: Reprodução/Redes Sociais

Aliado de longa data do ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), o PSDB pode tomar um rumo diferente no estado em breve. O motivo seria a sensação de desprestígio dentro do grupo político, o que tem despertado a insatisfação dos tucanos, de acordo com apuração do Política ao Vivo.



A sigla, que passou por momentos de baixa nos últimos anos, foi preterida do papel de protagonista dentro do grupo. Desde que fechou ‘parceria’ com ACM Neto, a sigla só esteve uma vez em uma chapa majoritária, quando indicou Mônica Bahia para vice de José Ronaldo (União Brasil) na disputa pelo governo. Antes disso, em 2012 e 2016, a legenda não conseguiu indicar os vices de Neto nas eleições para a prefeitura de Salvador. Em 2022, o PSDB chegou a indicar o deputado federal Adolfo Vianna, presidente estadual da legenda, para a vice de Neto na eleição para a sucessão no governo da Bahia, mas o Republicanos foi colocado como prioridade e ficou com o posto, indicando Ana Coelho para a chapa.

O espaço perdido nas administrações de Neto e Bruno Reis (União Brasil) também é um dos pontos de insatisfação. A sigla perdeu musculatura e viu legendas como o Republicanos ultrapassarem o status dentro do bloco na capital, o que refletiu nas urnas. Em 2020, por exemplo, o partido elegeu três vereadores em Salvador, e ainda teve que assistir a adesão de prefeitos tucanos ao grupo político do então governador Rui Costa (PT). Além disso, o PSDB ainda foi preterido na reforma administrativa feita por Bruno Reis em janeiro, e perdeu o controle da Secretaria de Educação, cobiçada por muitos.

A aliança de prefeitos do PSDB com o grupo político liderado pelo PT, por sinal, ficou em evidência na eleição de 2022, quando alguns gestores filiados ao PSDB anunciaram que continuaram próximos a Rui e apoiariam Jerônimo Rodrigues (PT). Com a vitória do petista, o cenário continuou o mesmo.

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O mesmo desenho pode acontecer em Salvador, de forma inédita, caso Geraldo Júnior (MDB) seja o candidato do grupo governista à prefeitura de Salvador em 2024, já que o PSDB deve passar o bastão da presidência do diretório municipal de para Carlos Muniz, presidente da Câmara Municipal e aliado do vice-governador emedebista.

Até mesmo nomes históricos do PSDB, como o prefeito de Mata de São João, João Gualberto, não escondem a decepção. A insatisfação de Gualberto, inclusive, ficou em evidência com a sua atuação, considerada ‘fraca’ por alguns aliados, na campanha de ACM Neto ao governo em 2022. Jerônimo venceu na cidade, com 54,03% dos votos no segundo turno.

O distanciamento e o enfraquecimento do PSDB fizeram com que Gualberto iniciasse recentemente conversas com o PSD, principal partido do estado e maior aliado do governo Jerônimo Rodrigues, para uma filiação.
A ideia, entretanto, pode esfriar com a possível guinada do PSDB, que volta a ganhar força com a chegada de Carlos Muniz, anunciada na última semana. A filiação de Muniz é tida por integrantes do partido como uma ‘cartada’ para a legenda ganhar mais espaço e prestígio dentro da administração da cidade.



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