Foto: Anderson Riedel/PR

O ex-porta-voz da Presidência da República, o general Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou que não era autorizado a repreender declarações polêmicas dadas pelo presidente Jair Bolsonaro. O comentário foi feito em entrevista ao “Conversa com Bial”, da TV Globo.



No programa, Rêgo Barros afirmou que enquanto esteve no cargo do governo não podia “puxar a orelha” do presidente quando, por exemplo, o mesmo falou “E daí?” no momento em que o país atingiu o número de 5 mil mortes pelo coronavírus. “Eu não tinha. “Foi uma falha minha. Eu, infelizmente, não tive a possibilidade de poder colaborar com o presidente, mas muito gostaria”, disse.

Rêgo Barros foi o porta-voz da presidência entre janeiro de 2019 a outubro deste ano, saindo após a extinção do cargo, após a recriação do Ministério das Comunicações. Entretanto, mesmo antes da demissão, o general já atuava pouco no governo. Bolsonaro começou a falar diretamente com a imprensa, através do “cercadinho” do Palácio da Alvorada.

O general comentou ainda sobre o uso cercadinho para jornalistas, sempre com a presença de apoiadores presentes ao lado. “Tecnicamente, fica muito difícil de você estabelecer uma estrutura comunicacional com a sociedade colocando na linha de frente a principal autoridade que promove a geração da informação”, disse.





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