Foto: Mário Vilela / Funai

Documentos mostram que uma ação do Governo Federal facilitou a exportação de madeira extraída de maneira ilegal.



Em junho deste ano, o Greenpeace Brasil, Instituto Socioambiental e Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente foram à Justiça contra uma decisão do presidente do Ibama, Eduardo Bim, que flexibilizava normas para a exportação de madeira do país. A informação foi divulgada pelo jornal “O Estado de S. Paulo”.

A decisão ocorreu após um pedido das madeireiras. Em fevereiro, empresas do Pará fizeram uma solicitação ao Ibama para alterar uma regra que existia há nove anos. Elas desejam vender madeira para o exterior apresentando apenas o documento de origem florestal (DOF), que é feito pelas próprias empresas e que autoriza o transporte da madeira até o porto.

Em março, ambientalistas afirmaram que Eduardo Bin foi de encontro com laudos técnicos da Diretoria de Uso Sustentável da Biodiversidade e florestas do Ibama e atendeu o pedido dos madeireiros solicitaram, suspendendo os efeitos de uma instrução normativa. Ele afirmou que a norma não se aplicava mais por causa do Código Florestal.

Para convencer o presidente do Ibama, madeireiros do Pará disseram que estavam deixando de vender porque compradores internacionais exigiam a autorização de exportação emitida pelo instituto. O documento era uma garantia de que a madeira não foi retirada de forma ilegal das florestas brasileiras.





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