Foto: Reprodução/Facebook

O secretário de Saúde de Salvador, Leo Prates, afirmou que a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) exclusivos para a  Covid-19 na capital preocupa. Segundo Prates, nesta segunda (21), esse percentual é de 75% de ocupação de leitos de UTI exclusivos, além de 84% de ocupação de leitos clínicos.



“A gente tem uma margem ainda de folga, mas que na prática a gente teve alguns problemas com essa folga, tanto que o prefeito ACM Neto deve abrir, na quarta [23] ou na quinta-feira [24] mais leitos de UTI no Hospital Evangélico. Nós estamos já na fase final de negociação com o Hospital Evangélico, e também através da anuência do governo de estado, nessa parceria para salvar vidas, o município deve assumir e vai reabrir o Hospital Santa Clara, no mesmo modelo da primeira fase da pandemia, com 50 leitos clínicos e 10 de UTI, lembrando que os leitos clínicos aqui da cidade já estão com 84%, o que nos preocupa bastante”, em entrevista do Jornal da Manhã, nesta segunda-feira (21).

Prates também se mostro preocupado com a alta de casos não relacionados à Covid-19, que também impacta o sistema de saúde de Salvador. “Eu terminei a sexta-feira (18) comemorando com apenas 12 pessoas nas UPAS esperando leitos de UTI geral. Hoje eu já amanheci a segunda-feira com 28 pessoas de UTI geral, que é a UTI que a gente chama de não-Covid. O sistema não suporta. Nós estamos indo além da nossa capacidade para evitar qualquer tipo de sobrecarga no sistema, mas nós precisamos da colaboração da população. Como? Com ações simples: usar a máscara, higienizar permanentemente as mãos, manter o distanciamento social e evitar aglomerações. Com esses quatro gestos, você salva muitas vidas”.

O secretário comentou ainda sobre as possíveis aglomerações nas festas de final de ano. Ele afirmou que a perspectiva preocupa bastante e que a Prefeitura tem trabalhado em evitar um possível colapso.

“A gente tem tempo de evitar. A gente tem ações simples que podem evitar todo esse prejuízo à população, porque a gente perde vidas. O que tranquiliza tanto a nós da prefeitura, quando o governo do estado, é que aqui em Salvador não faltou atendimento ninguém, mesmo que a pessoa venha a óbito. Mas nós perdemos 2.800 companheiros e companheiras aqui de Salvador, nessa luta contra o coronavírus. Precisamos e desejamos que não venhamos a perder mais nenhum, então para isso a gente precisa que as pessoas se conscientizem”, afirmou.





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