Foto: Secom/Divulgação

Embora seja filiado ao PT, o governador Rui Costa, que está há seis anos no governo do Estado, tem sido alvo de questionamentos e críticas de setores e pessoas ligadas à esquerda.

Em alguns momentos, o governador baiano foi comparado até mesmo com o presidente Jair Bolsonaro, pela postura autoritária que adota em situações polêmicas.

Relembre alguns episódios em que Rui pareceu muito mais de direita que de esquerda.

Chacina do Cabula: “É como um artilheiro em frente ao gol”

Chamado por alguns oposicionistas pela alcunha de “Bolsonaro Petista”, o governador Rui Costa sempre cobrou que a Polícia Militar tivesse um comportamento mais “agressivo” em suas ações. O primeiro problema de Rui à frente do governo aconteceu logo em seu segundo mês de mandato, em fevereiro de 2015, quando a Polícia Militar deixou 12 mortos e três feridos em um confronto no Cabula.

Rui, não somente apoiou a posição da Polícia, como também declarou que eles precisaram ter frieza para tomar a “atitude correta” e comparou a ação com uma partida de futebol: “É como um artilheiro em frente ao gol que tenta decidir, em alguns segundos, como é que ele vai botar a bola dentro do gol, pra fazer o gol”, falou, sendo alvo de críticas na época.

Odorico Tavares

Embora recente, a decisão do governador Rui Costa em fechar e vender o espaço do Colégio Estadual Odorico Tavares, no Corredor da Vitória, foi um dos momentos mais tumultuados de seu governo até aqui.

Tudo começou quando o chefe do executivo estadual enviou para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) um Projeto de Lei que autorizava a venda do terreno onde funcionava um dos principais colégios da capital baiana. A proposta de Rui foi alvo de protesto entre políticos da oposição e até mesmo entre membros da base do governador. Alguns movimentos e estudantes chegaram a ocupar o colégio, mas foram retirados após o governador enviar a polícia ao local.

Apesar das manifestações contra, o projeto foi aprovado e sancionado pelo governador.

Rui e a ocupação Maria Felipa

O governador também mostrou não ser tão próximo às pautas levantadas pela esquerda ao bater de frente com o grupo Maria Felipa, que havia ocupado o prédio do antigo Hospital Couto Maia, em dezembro de 2019. Após ação da Polícia Militar, durante a madrugada do dia 4, mais de 100 famílias foram retiradas do local.

Logo depois, o mesmo grupo ocupou um galpão na Ribeira, mas também foi retirado após conturbada ação da Polícia.



“Não existe almoço de graça”

Em agosto de 2019, quando foi à Câmara Municipal apresentar o projeto do VLT, o governador Rui Costa mostrou, mais uma vez, que não estava alinhado com pautas levantadas por movimentos e partidos de esquerda.

Ao ser sugerido pela vereadora Aladilce Souza (PCdoB) a adotar o passe livre no transporte, como fez seu correligionário Fernando Haddad, quando foi prefeito de São Paulo, Rui respondeu que “não existe almoço de graça”.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A Previdência de Rui

A reforma da Previdência dos servidores públicos, proposta e aprovada no início de 2020, também foi mais um momento em que Rui esteve muito mais próximo da direita que da esquerda. Além de convocar em caráter extraordinário os deputados estaduais, o governador evitou qualquer diálogo com os sindicatos e com as categorias que estavam inclusas dentro da reforma, o que chegou a abrir um racha dentro de sua própria base.

Rui, que é do PT, partido que mais atacou a reforma da Previdência aprovada pelo governo federal em 2019, agiu da mesma forma ao apresentar a PEC sem escutar os servidores, inclusive a polícia.

Após ter o primeiro texto barrado pela justiça, depois da ação do deputado Hilton Coelho (PSOL), o governador reenviou a proposta com algumas alterações à AL-BA. A reforma foi aprovada.



 

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