Foto: Reprodução/TV Bahia

O secretário municipal de Saúde de Salvador, Léo Prates, disse que o atual cenário da pandemia do coronavírus na capital baiana é “desesperador”. Em entrevista nesta segunda-feira (1º), à Rádio Metrópole, ele comentou que a situação piorou no último final de semana.



“Considero esta semana a mais dura. Houve uma aceleração muito grande, principalmente de ontem para hoje [domingo para segunda]. Vou usar um termo que um gerente de UPA que falou comigo ontem no fim da tarde. Foi uma avalanche de gente nas UPAs. Em 36h, fechamos o sábado à noite com 48 solicitações de regulação. Abrimos o dia de hoje, 36h depois, com 90 solicitações de regulação. O cenário é desesperador”, disse Léo Prates.

Ele afirmou ainda que há casos de pessoas com planos de saúde que estão sendo atendidas no sistema público pela falta da falta de leitos no setor privado.

“Por conta do sistema de saúde, esse é o pior cenário. Para se ter uma ideia, alguns hospitais da rede privada já estão com 100%, assim como alguns públicos também. Já têm pessoas com plano de saúde esperando em UPAs a vaga surgir no sistema privado. Salvador não aguenta dois dias como foi no domingo. É desesperador no sentido de cumprir a nossa obrigação, que é dar atendimento de saúde de qualidade para a população. No cenário que caminhamos, se continuarmos com o sistema do mesmo tamanho, estamos indo a passos largos para o colapso do sistema de saúde”, declarou.

Com a piora no cenário, Prates disse que o sistema de saúde de Salvador está ainda mais próximo de um colapso. O secretário alertou que, com o esgotamento de leitos, pessoas podem morrer dentro das próprias casas. “Você vai ter AVC em casa e vai morrer em casa. Não vai ter atendimento. Vai ter infarto e não vai ter atendimento. Vai ter coronavírus agravado e não vai ter atendimento. O que é o colapso? É a ausência de condições do sistema de saúde de lhe atender”.





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