Foto: Alan Santos / PR

Após adotar um discurso pró-vacina, o presidente Jair Bolsonaro iniciou operação para tentar interromper a perda de popularidade causada pela alta de mortes relacionadas ao coronavírus e pelo baixo ritmo da vacinação contra o vírus. A reação do presidente foi denominada no Palácio do Planalto de “Plano Vacina”, que vai de publicações nas redes sociais mostrando o esforço do Governo Federal na compra de imunizantes até a divulgação de vídeos sobre investimentos feitos no setor da Saúde.



De acordo com uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, o Ministério da Saúde prestou contas ao Palácio do Planalto do que foi feito até o momento no combate à doença. O objetivo é explorar as medidas já adotadas para tentar rebater a crítica de que Bolsonaro vem falhando no controle da pandemia.

O plano prevê ainda que Bolsonaro diminua as tensões criadas por ele desde o início da pandemia, o que, para assessores presidenciais, causou uma redução no apoio ao presidente nas redes sociais e interferiu em sua aprovação em pesquisas de opinião.

Apesar de não ter deixado de lado a defesa de medicamentos sem eficácia e as críticas às medidas restritivas adotadas por prefeitos e governadores, Bolsonaro passou a adotar um discurso favorável à vacina, abandonando a campanha anti-imunização protagonizada até a pouco tempo.

A mudança de postura ocorre depois de uma equipe do Palácio do Planalto que monitora as redes sociais ter identificado uma redução no engajamento de internautas bolsonaristas em defesa da postura anti-vacina do presidente. O cenário negativo fez com que o Governo Federal montasse uma estratégia de reação.

A medida teria se tornado ainda mais urgente após a decisão do ministro do STF, Edson Fachin, que permite ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser candidato em 2022.





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