Além do Cremeb, o Sindicato dos Médicos da Bahia também reagiu duramente às declarações do governo estadual de lamentar a inscrição de somente 80 médicos no edital aberto para contratar 400.
O governo defende chamar médicos formados no exterior e cita a baixa procura dos profissionais de medicina como justificativa para a medida.
“Em primeiro lugar, um verdadeiro gestor, ao perceber uma suposta ‘baixa adesão’ de candidatos a trabalho com vencimentos aparentemente atraentes deveria antes fazer um ‘mea culpa’ antes de agredir ainda mais a dignidade de uma classe sofrida e que está tensionada ao extremo neste momento de incertezas”, diz a nota do Sindimed.
“O secretário deveria olhar a retrospectiva de seis anos de gestão onde nunca lutou para dar aumento e nem reposição inflacionária dos médicos da Sesab. Nunca promoveu concurso público, apesar de dez anos sem concurso para médico, e vimos isso acontecer para policiais e professores. O secretário permitiu que fossem precarizados ainda mais os vínculos por pessoas jurídicas onde atrasos de três a seis meses são a rotina e o calote é frequente. As queixas nos atrasos das aposentadorias é uma realidade recorrente”, acrescenta.
O sindicato ainda completa a nota afirmando que o “secretário, ao invés agir como gestor e agregar a categoria neste momento difícil para a população, distorce a realidade e ataca aqueles que estão na linha de frente arriscando suas vidas”. A nota é assinada por Ana Rita de Luna, presidente do Sindimed Bahia.