Política ao Vivo. Siga a gente no Instagram: @politicaaovivo

Foto: Mateus Andrade / Divulgação

Próximo ao presidente Jair Bolsonaro e principal opositor do governador Rui Costa (PT) no estado, o vereador Alexandre Aleluia voltou a criticar a postura adotada pelo Democratas recentemente e citou as dificuldades que tem encontrado dentro do partido, causadas por divergências de pensamentos.



Aleluia, que diz ter sido perseguido dentro da sigla comandanda por ACM Neto durante o período eleitoral, mesmo sendo o sexto vereador mais votado em Salvador – o segundo mais votado do Democratas -também confirmou sua pré-candidatura ao governo do estado, desde que alinhado ao presidente Bolsonaro. As declarações foram feitas nesta segunda-feira (12), em entrevista à Rádio Piatã FM.

“Eu sou de rocha. Eu não negocio meus valores, o que eu penso, muito menos o compromisso que eu firmo com o eleitorado. Se eu perder a eleição eu continuo com o compromisso. O que eu defendo é de corpo e alma. Sou patriota, gosto da história do nosso país, acho que a fé tem que ser respeitada. Acredito na liberdade de empreender e trabalhar. Eu tenho esse alinhamento de ideias com o presidente Jair Bolsonaro. Tudo fica mais fácil com isso, não precisa fazer conchavos. Tudo flui”, disse Aleluia, ao falar sobre sua proximidade com Bolsonaro. O vereador continuou e falou sobre a pré-candidatura  ao governo e também citou a possível candidatura de ACM Neto, lembrando que em 2018 ele desistiu de enfrentar Rui Costa.

“Realmente me posicionei na última entrevista como pré-candidato ao Governo do Estado, se fosse aliado com o presidente Jair Bolsonaro. [ACM Neto] Pode sair, pode desistir. Da outra vez ele desistiu. Posso ser pré candidato também. Posso até pedir prévias. Pelo que eu vejo na imprensa ele é candidato. Eu estou disposto. Meu projeto não é candidatura. O que eu quero pra Bahia é inaugurar uma nova forma de pensamento para os próximos 30 anos. A Bahia está presa a um debate político nos últimos anos entre uma família e um partido. O que eu proponho é que a gente quebre isso, que a gente modernize esse debate. Eu tenho minhas visões e meu pensamento. Eu sou muito aliado ao presidente e esse é o trajeto que eu estou criando”, pontuou Aleluia, que também coloca o nome de João Roma, ministro da Cidadania e ex-aliado político de ACM Neto como uma alternativa para disputar a sucessão de Rui em 2022.

“O João Roma está na missão de fazer um bom trabalho no Ministério da Cidadania. E acho que ele vai sim fazer. João Roma é alinhado ao projeto do presidente Jair Bolsonaro. É um projeto de alguém que pensa nos valores do Brasil. Não tenho dúvidas que ele parte sim dessa nova linha de pensamento. Inclusive pode ser sim candidato a governador. O que eu acho é que temos que ter uma nova forma de pensar a Bahia. Pode ser o ministro João Roma. Mas temos que pensar uma nova via”, afirmou.

Aleluia também fez críticas ao Democratas e as atuais decisões dentro da sigla, além de citar perseguição durante a campanha eleitoral, como a não aparição em propagandas eleitorais na televisão. Aleluia, que não deve encontrar espaço dentro do partido, cogitou deixar a sigla caso aumente o distanciamento de ideias com o que ele defende.

“Eu fui eleito vereador na última eleição. Eu tenho mandato como vereador, apesar de enxergar que o partido está se distanciando do compromisso eleitoral que eu fiz. No final de semana o partido criou monocraticamente um comitê muito embasado em ideias de esquerda. Por enquanto eu continuo no partido, mas se o partido continua se distanciando do meu compromisso, eu posso sair do partido”, disse Aleluia, que completou.

“Eu tenho liberdade pra falar, porque se não tivesse eu falaria do mesmo jeito. Eu fui eleito pelo eleitor pra falar. Eu fui perseguido por enquanto apenas no horário eleitoral. O partido realmente me vetou do horário eleitoral, fui retirado do horário eleitoral, mas eu levantei a cabeça e fui trabalhar. Foi o sexto vereador mais votado, o segundo do partido, mas existiu sim um problema grave de perseguição. Mas paciência. Vida que segue. A eleição passou. A maior divergência hoje é essa aproximação do DEM à linha de pensamento do PSOL. Isso não faz parte da minha história e da minha moral de vida”, disse o vereador e pré-candidato ao governo do estado.





Deixe sua opinião