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Foto: Ricardo Stuckert / Instituto Lula

Durante debate na segunda-feira (5), o ex-ministro Ciro Gomes (PDT) afirmou que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve ter generosidade e se espelhar no exemplo da argentina Cristina Kirchner, que em 2019 concorreu como vice-presidente na chapa vencedora liderada por Alberto Fernández, e não no do ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, e do ex-presidente da Bolívia Evo Morales.



“A gente devia pedir generosidade a quem já teve oportunidade, como o Lula, que é um grande líder da história brasileira, mas a gente devia pedir a ele que se compenetrasse e que não imitasse o exemplo desastrado do Maduro na Venezuela ou o exemplo desastrado do Evo Morales na Bolívia. E que olhasse o que a Cristina Kirchner fez na Argentina, em que, tendo uma força grande, deu um passo pra trás e ajudou a Argentina a se reconciliar”, afirmou Ciro durante webinar organizado pela Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) sobre a proposta de reforma administrativa em discussão no Congresso Nacional.

Ainda no evento, o ex-ministro também sugeriu que casos de corrupção que marcaram as gestões petistas podem tirar sua força eleitoral numa disputa pela Presidência. “Imaginem vocês uma campanha em 2022, o Bolsonaro querendo se recuperar da impopularidade, a lembrar da esculhambação do Palocci, a esculhambação do Zé Dirceu, a esculhambação não sei de quem. Eu não digo nem que seja verdade ou que seja mentira, eu estou dizendo é o que eu estou vendo pela minha experiência”, disse. “É fazer de novo a campanha antipetista em cima dos exemplos”, continuou.

Segundo Ciro, o Brasil necessita de projetos nacionais para o comércio exterior, o setor industrial e a agricultura a fim de recuperar a economia. Ele disse ainda que uma “ampla aliança” política estaria habilitada para essa tarefa. “Quem vai operar esse novo projeto nacional é a política, uma nova e ampla aliança, generosa aliança que vai permitir ao Brasil se reconciliar consigo mesmo”, destacou.

Por fim, Ciro ainda afirmou que, além de derrotar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas urnas, outra tarefa “mais difícil e que pede muita reconciliação de todos nós é botar uma coisa nova no lugar, nesse ambiente de terra arrasada que nós estamos”.

“Até porque a direita brasileira vai largar o Bolsonaro ao mar e vai tentar se reciclar aí com uma carinha qualquer, vão fazer a propaganda igual. E isso o Brasil não aguenta mais”, completou o pedetista.





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